A colonização agrária prusso-alemã no Brasil meridional: o Urwald e as mudanças socioecológicas na Mata Atlântica (século XIX)

Autores

  • Eduardo Relly Friedrich-Schiller-Universität Jena

DOI:

https://doi.org/10.29182/hehe.v27i3.1027

Resumo

Este artigo examina a colonização agrária alemã-prussiana no sul do Brasil do século XIX, com foco nas transformações socioecológicas na Mata Atlântica (“Urwald”). Os imigrantes alemães, especialmente em regiões como o Rio Grande do Sul, encontraram vastas florestas subtropicais que haviam sido administradas por comunidades indígenas e tradicionais, o que levou a uma tradução significativa das culturas agrárias e florestais. As práticas dos colonos, notadamente o uso controlado do fogo (Roçawirtschaft), foram informadas pelos sistemas de conhecimento europeu e indígena, remodelando as ecologias locais, conduzindo ao desenvolvimento da agricultura. Este estudo aborda como os colonos alemães navegaram pela paisagem, convertendo terras florestais em zonas agrícolas, e contempla as implicações mais amplas dessa transformação na biodiversidade, no uso de recursos e na dinâmica socioambiental. Além disso, explora o pano de fundo ideológico do nacionalismo alemão e o discurso sobre a natureza selvagem que influenciou as percepções da Mata Atlântica, justapondo-o às paisagens florestais alemãs. Ao analisar as narrativas dos colonos, este estudo contribui para a compreensão da mudança ecológica em contextos de colonização agrária e destaca as complexidades que envolvem a adaptação agrícola, a transferência tecnológica e a mercantilização da paisagem no processo de assentamento das populações alemãs no Brasil meridional.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

RELLY, Eduardo. A colonização agrária prusso-alemã no Brasil meridional: o Urwald e as mudanças socioecológicas na Mata Atlântica (século XIX). História Econômica & História de Empresas, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 900–937, 2024. DOI: 10.29182/hehe.v27i3.1027. Disponível em: https://hehe.org.br/index.php/rabphe/article/view/1027. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê