Estado e o crescimento econômico na América Latina: Brasil e México, 1880-1920
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v6i1.163Resumo
As autoproclamadas políticas econômicas "liberais" do Brasil e do México no período de 1870 a 1910 enfatizavam, de acordo coma historiografia convencional, pouca intervenção governamental, investimentos estrangeiros e comércio livre. Constatamos todavia que os Estados, tanto do Brasil como do México, embora teoricamente orientados pelo liberalismo, desempenharam papéis centrais no desenvolvimento econômico. Os vínculos com a economia internacional tiveram o paradoxal efeito de impor algumas políticas intervencionistas mediante o uso de instrumentos fiscais e monetários, elevando tarifas, participando dos mercados e promovendo o surgimento de empresas estatais, por exemplo através da nacionalização das ferrovias. Os dirigentes governamentais não eram movidos apenas pela ideologia, e suas ações mudavam através do tempo. A soberania nacional e a tranqüilidade política eram fatores tão importantes como o balanço de pagamentos ou o PNB per capita. Os mercados não funcionavam por si sós, mas requeriam a orientação dos Estados.
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