Os impactos da hipoteca e do prazo de pagamento das operações sobre a liquidez do mercado creditício baiano no início do século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v27i2.927Resumo
Os cronistas que tratam sobre a economia colonial apontam que as relações creditícias dos indivíduos estavam amparadas na qualidade dos demandantes e no histórico de bom pagador que esses indivíduos possuíam. Nesse artigo, através da análise de uma amostra de escrituras notariais soteropolitanas do início do século XVIII, demonstramos que as formalidades legais eram impostas a mutuários de quaisquer qualidades e que, garantias eram frequentemente incluídas nos contratos, sendo a principal delas a cláusula de hipoteca específica. Os empréstimos lavrados pelo tabelião, por determinação de cláusula contratual, tinham seu vencimento um ano após a assinatura da escritura. No entanto, era comum que o prazo de pagamento da operação fosse estendido, ficando o devedor responsável apenas pelo pagamento anual dos juros do contrato. Nesse contexto demonstraremos que essas duas variáveis tinham um impacto negativo sobre a liquidez do mercado creditício baiano.
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