O Rio de Janeiro e as primeiras linhas transatlânticas de paquetesa vapor: 1850-1860
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v6i2.159Resumen
A primeira linha de paquetes a vapor entre a Europa e o Brasil foi a Companhia Real Britânica, subvencionada pelo governo inglês para realizar o serviço postal, mas também transportar passageiros e mercadorias de preferência de pequeno volume e frete elevado. Seu sucesso foi tanto que muitas outras companhias de navegação quiseram rivalizá-la. A rapidez de seus confortáveis e elegantes paquetes a vapor, a barateza do frete de retorno e, sobretudo, a regularidade e pontualidade dos seus vapores tornaram-na a favorita do público brasileiro e até mesmo de seus adversários, que tiveram que amargar o gosto da derrota em meio a um sentimento de frustração e de admiração pela eficiência britânica. A ligação do Rio de Janeiro à Inglaterra, em vinte e oito dias e em datas fixas, revolucionava a vida dos negócios: os capitalistas estrangeiros puderam vigiar mais de perto os seus investimentos e apreciar melhoras vantagens de novas aplicações; as flutuações no câmbio diminuíram, e as relações comerciais de ambos os lados do Atlântico se intensificaram. É fácil imaginar o dinamismo que esta nova ordem de coisas imprimiu aos negócios, as novas expectativas que criou e o estímulo que deu aos deslocamentos de pessoas e capitais, fazendo do Brasil um país moderno.
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