A obra de Alice Canabrava na historiografia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v2i2.58Resumen
Se algum pesquisador fizer um levantamento da historiografia brasileira nos anos quarenta e cinqüenta, encontrará vários títulos de história econômica — entre livros e artigos — assinados por A. P. Canabrava. Se for um jovem pesquisador estrangeiro tendo seu primeiro contato com a historiografia brasileira, certamente ficará intrigado com a abreviatura, perguntando-se quais os nomes ocultos sob essas iniciais. Ao compulsar as publicações de A. P. Canabrava e confrontando-as com os demais títulos da historiografia da época, certamente notará algumas características distintivas de sua obra — seja pelos temas tratados, seja pelo método de abordagem, seja ainda pela natureza da pesquisa realizada. E talvez se mostrará surpreso ao saber que tais iniciais ocultavam um nome feminino — o de Alice Piffer Canabrava — pois ainda eram poucas as historiadoras brasileiras naquela época.Ao propor este contato imaginário com a historiografia brasileira dos anos quarenta, quero ressaltar dois temas que exigem uma atenção particular ao se tratar da obra de Alice Canabrava: de um lado, a natureza peculiar de sua pesquisa em história econômica e, do outro, o fato de uma mulher estar encetando uma expressiva carreira na Universidade, numa época em que a presença feminina era ainda pouco marcante. Convém prevenir desde logo que o viés deste artigo é o da história econômica, e não o da história de gênero. A questão do gênero só é levantada por mim como parte das notas biográficas de Alice Canabrava, e o seu tratamento específico exigiria a atenção de pesquisadores mais bem qualificados para essa empreitada. De qualquer modo, procurarei abordar estes dois aspectos da carreira da historiadora Alice Canabrava, já que em ambos entendo haver certo pioneirismo em sua atuação.
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