resenhas bibliográficas / book reviews
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v8i1.185Resumo
A histórica econômica da escravidão te m avançado muito, nos últimos anos, tanto no Brasil, como no estrangeiro (e.g. Elbl, 2004 ; Florentino , 2002). Multiplicam-se tanto os estudos de caso, com o os estudos mais amplos, e os dois volumes aqui reunidos correspondem bem a estas duas vertentes. Pétré-Grenouilleau, historiador econômico, autor de outros clássicos sobre o tráfico negreiro (Pétré-Grenouilleau 1995 ; 1996 ; 1997 ; 1998), apresenta uma visão macroscópica do comércio de cativos africanos, com a novidade de inseri-lo em um contexto histórico mais amplo e anterior à expansão marítima européia . Atribui a "invenção " do tráfico negreiro ao mundo muçulmano, a partir do século VII d.C. e calcula que , até o final do século XX , cerca de 14 milhões de pessoas tenham sido deportadas para terras islâmicas, da África do Norte ao Extremo Oriente. A entrada em cena do tráfico atlântico insere-se, portanto, em uma tradição muito anterior e que forneceu a base para sua efetivação, com um total estimado de 11.698.000 pessoas traficadas no Atlântico entre 1450 e 1900.
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