A Sadia e o pioneirismo industrial na agroindústria brasileira

Autores

  • Armando Dalla Costa

DOI:

https://doi.org/10.29182/hehe.v1i1.42

Resumo

Em pouco mais de três décadas a avicultura brasileira passou por profundas transformações — tanto na produção, como na comercialização e no consumo. Ela deixou de ser uma atividade familiar e artesanal, passando a ser dominada por grandes empresas. Entre 1970 e 1995, a produção passou de 217 mil para 4.050 mil toneladas. Fruto de diversas inovações organizacionais e tecnológicas, o preço médio da carne de frango no varejo diminuiu de US$ 4,05 para US$ 1,08 entre 1974 e 1995. Como consequência destes e de outros fatores, o consumo de frangos passou de 2,3 para 23,2 kg/hab/ano no mesmo período, tornando-se uma das principais proteínas animais consumidas pela população brasileira.

Neste artigo buscaremos compreender porque um setor da economia e, sobretudo, uma empresa conseguiu crescer durante a "década perdida" dos anos oitenta. Enquanto que a economia e as indústrias em geral não conseguiram crescer devido à crise do petróleo, ao aumento da dívida externa e uma forte inflação, a SADIA transforma-se num grande complexo industrial. Por isso, veremos quais foram as inovações tecnológicas e organizacionais introduzidas nesta empresa, para tornar possível seu crescimento, mesmo numa conjuntura adversa. Neste caso, defendemos a tese de que a SADIA suplantou as tradicionais empresas do ramo no Sudeste em função de uma inovação organizacional na produção, que foi a implantação da integração vertical.

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Publicado

2012-07-06

Como Citar

COSTA, Armando Dalla. A Sadia e o pioneirismo industrial na agroindústria brasileira. História Econômica & História de Empresas, [S. l.], v. 1, n. 1, 2012. DOI: 10.29182/hehe.v1i1.42. Disponível em: https://hehe.org.br/index.php/rabphe/article/view/42. Acesso em: 15 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos