conjugando tradições: o pensamento econômico do bispo azeredo coutinho entre a herança ibérica e as ideias ilustradas setecentistas (1791-1816)
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v15i2.230Palabras clave:
Bispo Azeredo Coutinho. Reformismo ilustrado português, Pensamento EconômicoResumen
A trajetória de José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho (1742-1821) é bem conhecida da historiografia brasileira, Bispo de Olinda, membro do governo provisório da Capitania de Pernambuco, último inquisidor geral e deputado eleito pelo Rio de Janeiro para as Cortes de Lisboa. Intransigente defensor da ordem estabelecida, Azeredo Coutinho distinguiu-se, inicialmente, pela publicação de diversos textos econômicos impressos por ordem da Academia Real das Ciências de Lisboa. Mas qual seria a matriz teórica do pensamento econômico do bispo Azeredo Coutinho? Para responder a essa indagação, devemos identificar quais eram os propósitos que o prelado buscava alcançar com a publicação de seus ensaios, discursos e memórias. Como um vassalo fiel, o primeiro deles era aconselhar o monarca a criar um império fundado na justiça e na virtude. Para isso, nada melhor que a economia política, ou seja, a “ciência do governo e a esta ciência que se ocupa essencialmente da prosperidade do Estado, da fidelidade dos povos e dos verdadeiros meios de a procurar”. Neste artigo busco reconstituir quais tradições do pensamento econômico o bispo luso-brasileiro utiliza em suas obras, sempre em conformidade com a ideia de um Império luso-brasileiro na qual as tensões entre Metrópole e Colônia devem ser apaziguadas.
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