Um Rio Oceânico: o Atlântico e a fronteira-escravista-mercantil no Rio Grande, c. 1765-1810
DOI:
https://doi.org/10.29182/hehe.v27i1.917Resumen
Neste trabalho se investigam as transformações socioeconômicas na província de São Pedro do Rio Grande entre os anos de 1765 e 1810. Utilizamos inventários post-mortem de proprietários escravistas para produzir uma série de preços de pessoas escravizadas, como forma de avaliar criticamente a interdependência entre a produção agrária da província de Rio Grande de São Pedro e o mercado atlântico. Indicamos a conexão econômica do circuito de produção do charque com as praças mercantis do Rio de Janeiro e Amsterdã, através da cadeia mercantil do açúcar, da qual o charque fazia parte como alimentação das pessoas escravizadas que produziam o açúcar. Adicionalmente, explicitamos a dinâmica de concentração da propriedade escravista e a intensificação da coerção das relações de exploração, para melhor compreender as condições de realização do valor do capital escravista-mercantil na fronteira de commodity do charque.
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